ONU faz apelo para criação de cessar-fogo humanitário completo entre Israel e os militantes palestinos do Hamas
O ministro das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, anunciou nesta segunda-feira, 27, que a trégua em Gaza será prorrogada por mais dois dias, incluindo a próxima terça e quarta. A prorrogação de dois dias inclui a libertação de 20 reféns israelenses e 60 detidos palestinos.
O Hamas também confirmou a prorrogação de trégua por dois dias a partir de um acordo realizado com o Catar e o Egito.
The State of Qatar announces, as part of the ongoing mediation, an agreement has been reached to extend the humanitarian pause for an additional two days in the Gaza Strip.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres pede para a que a trégua se transforme em um cessar-fogo humanitário completo entre Israel e os militantes palestinos do Hamas, já que a “catástrofe humanitária em Gaza está piorando a cada dia”.
“O diálogo que levou ao acordo precisa continuar, resultando em um cessar-fogo humanitário completo, para benefício do povo de Gaza, Israel e toda a região. As Nações Unidas continuarão a apoiar esses esforços de todas as maneiras possíveis”, disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em um comunicado.
Guterres novamente pediu que os reféns mantidos pelo Hamas sejam libertados imediata e incondicionalmente, segundo Dujarric.
As Nações Unidas aumentaram a entrega de ajuda humanitária a Gaza nos últimos quatro dias durante a trégua e enviaram ajuda a algumas áreas do norte do enclave costeiro que estavam praticamente isoladas há semanas, disse Dujarric.
“Mas essa ajuda mal se compara às enormes necessidades de 1,7 milhão de pessoas deslocadas. A catástrofe humanitária em Gaza está piorando a cada dia”, declarou ele.
Mais de 14.854 palestinos morreram em decorrência dos bombardeios israelenses, sendo 6.150 crianças e 4 mil mulheres. Já o número de feridos ultrapassa a marca de 36 mil civis. Do lado israelense, o número de mortos segue praticamente inalterado desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou diversos ataques em Israel, com 1.200 israelenses mortos e 5.600 feridos.