Ninguém consegue deixar de reconhecer que o Fluminense é diferente. Não é à toa que se diz “nunca duvide do Fluminense “; também não é por acaso que se diz que “para o Fluminense não se torce, se ama”.
Essa vocação para a grandiosidade talvez se explique pela sua história de glórias e conquistas, mas não só por isso.
Talvez porque as primeiras vitórias da seleção tenham ocorrido na nossa sala de visitas (o estádio das laranjeiras), isso numa época em que a seleção representava e unia o Brasil.
Quem sabe seja porque o Fluminense foi o primeiro clube carioca a conquistar um campeonato mundial de clubes em 1952, na época em que os melhores times do mundo se faziam representar.
Talvez porque tenha a torcida mais charmosa do mundo, como observado pelo inesquecível Romário.
Ou seria pela maravilhosa máquina montada pelo inigualável presidente Horta na década de 70?
Confesso que não sei, mas sei que pode ser tudo isso, e mais infinitas razões.
Sei também que o Fluminense é diferente porque tem um time que torce e uma torcida que joga.
É diferente também porque foi ao fundo do poço (3a. Divisão) e ressuscitou com galhardia pelas mãos do consagrado Parreira.
Após perder a libertadores em 2008, o Fluminense ressuscita novamente quando faltavam 11 rodadas, ganhamos 7 e empatamos 4, após todos os “matemáticos” sentenciarem que cairíamos para 2a. divisão.
Mas a motivação extra chegou quando a globolixo anunciou que o “Fluminense era lanterna do campeonato a 9 pontos dos outros”, e em tom desafiador perguntou: “alguém ainda acredita que o Fluminense não cairá?”
Sim, os jogadores acreditaram e a torcida mais charmosa do mundo também, e ali começou a trajetória vitoriosa para o título do ano seguinte, junto com o apelido de time de guerreiros, derrotando a tudo e a todos, inclusive aos “supremos matemáticos”.
Antes disso, em 1980 o Fluminense era o “patinho feio” do Rio, mas contrariando a tudo e a todos, vencemos o campeonato numa tarde que o papa João Paulo II, disfarçado de Edinho cobrou uma falta e nos deu mais um título, derrotando o ótimo time do Vasco, os “especialistas”, os “comentaristas “, e uma notória emissora de TV, que queria o seu time na decisão, não o “intruso” Fluminense.
Mais recentemente, na atual libertadores o Fluminense fica no grupo da morte onde o poderoso River Plate seria o primeiro e nós estaríamos “proibidos” de nos classificar, segundo os “especialistas”.
Pois bem, como o Fluminense é desobediente, se classificou em primeiro lugar aplicando uma impiedosa goleada de 5×1 no River Plate.
Nas oitavas, não adiantava passar pelo argentino jrs, pois passando, teria que enfrentar o poderoso time da globolixo, e aí não passaria de jeito nenhum, segundo os “especialistas”.
Mais uma vez o Fluminense desobedeceu os “especialistas”, passou pelo argentino jrs, e a globolixo “esqueceu” de combinar com o pessoal do Olimpia que eles estavam proibidos de ganhar do time deles.
Nas quartas decidimos com o teimoso Olimpia, e para não deixar dúvidas, ganhamos cá e lá.
Desesperados com a desobediência contumaz do Fluminense, os “especialistas” sentenciaram que o Internacional seria o finalista, e se empolgaram quando o jogo no Maracanã terminou 2×2, com o Fluminense jogando um tempo inteiro com menos 1, e ainda assim foi buscar o empate consagrador.
“Ah, mas no Beira rio, o Internacional vai massacrar”;
Esqueceram que Cano e o presidente são moucos, e eles foram lá e expediram nosso passaporte para a grande final.
“Ah, mas o Boca Juniors tem tradição, tem camisa, e a torcida invadirá o Rio”.
Prá “ajudar”, o idiota prefeito do Rio “proíbe” passeatas dos torcedores do Fluminense, proíbe colocar telões até na sede das laranjeiras, destina o sambodromo à torcida visitante e outras babaquices.
Eles “esqueceram” que o Fluminense tem tradição, camisa, torcida, treinador, tem time e uma vocação para a vitória.
É hora dos verdadeiros tricolores saírem às ruas vestidos com aquela camisa mágica que encanta, e honrarem nossa tradição de rebeldes desobedientes, como diz o nosso hino “…das 3 cores que traduzem tradição…”.
Enfim, contra os “matemáticos”, os “especialistas”, os “antis”, a globolixo (agora obrigada a transmitir o jogo), é o gigante Fluminense que está na final.
E como diz o inesquecível Parreira, para ganhar é “só ser o Fluminense”, ou como ensinou Horta “é vencer ou vencer”, ou como lecionou o saudoso Nelson Rodrigues “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade…tudo pode passar…só o tricolor não passará jamais. “
Prá finalizar, informo que no dia da grande decisão (04 de novembro) celebramos a memória de São Carlos Borromeu, padroeiro de João Paulo II, nosso padroeiro e não por acaso 2 santos rebeldes.
Por fidelidade, vou sintonizar na paramount, única emissora que transmitiu todos os jogos do nosso Fluminense, e confesso que minha ansiedade é a mesma que a certeza da grande vitória.
O futebol triunfará e quem está jogando o futebol na sua essência é o Fluminense.
Como sempre foi, seremos campeões, contra tudo e contra todos.
Rumo à glória eterna
Bora Fluzão 🇭🇺🇭🇺🇭🇺🇭🇺
Raimundo Ribeiro
Apaixonado por futebol e, naturalmente Tricolor