O presidente Luiz Inácio Lula da Silva designou sua mulher, a primeira-dama e socióloga Rosângela da Silva, a Janja, para integrar o grupo que vai representar o Brasil na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser realizada de 11 a 22 de março em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), a viagem da primeira-dama para participar do evento será no período compreendido entre este sábado (9) e 16 de março. De acordo com informações do órgão, a sessão é o maior encontro anual da ONU sobre igualdade de gênero e empoderamento das mulheres.A comitiva do Brasil será liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que viaja nos mesmos dias de Janja. No período, a ministra terá ainda eventos paralelos ao evento da ONU e reuniões com representantes da União Europeia e de outros países.O grupo brasileiro ainda contará com Luanda Morais Pires, como representante da sociedade civil do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, e Denise Dourado Dora, advogada especializada em Direitos Humanos.Janja tem realizado agendas próprias, sem a presença do presidente Lula, sobre pautas sociais. A ida para ONU está sendo organizada desde o início desta semana em que a primeira-dama se envolveu diretamente em pautas em alusão ao dia das mulheres.A ONU Mulheres divulgou nesta sexta alguns números sobre o combate à desigualdade de gênero. De acordo com as Nações Unidas, é necessário um adicional de US$ 360 bilhões por ano para alcançar a igualdade de gênero plena, o que demandaria investimentos públicos e privados.Além disso, de acordo com as Nações Unidas, reduzir as diferenças nos cuidados e expandir serviços com empregos decentes poderia gerar quase 300 milhões de empregos até 2035, no mundo.Reduzir as diferenças de gênero no mercado de trabalho poderia aumentar o PIB per capita global em 20%, afirmam as Nações Unidas.Conforme a ONU, as soluções para acabar com a pobreza das mulheres passam diretamente no investimento em políticas e programas que abordem as desigualdades de gênero e impulsionem a agência e liderança das mulheres.Tais investimentos, conforme a Organização, geram dividendos enormes: mais de 100 milhões de mulheres e meninas poderiam ser retiradas da pobreza se os governos priorizassem educação e planejamento familiar, salários justos e iguais, e benefícios sociais ampliados. Quase 300 milhões de empregos poderiam ser criados até 2035 através de investimentos em serviços de cuidado.