Para pagar dívida com PSB, carro da senadora Leila Barros é leiloado

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O carro da senadora Leila Barros (PDT) foi arrematado nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher

Após a determinação da Justiça, o carro da senadora Leila Barros (PDT-DF) foi a leilão nesta sexta-feira (8/3). O valor do veículo é destinado para o pagamento de uma dívida com o PSB, antigo partido de Leila.

A penhora do carro foi determinada pela 22ª Vara Cível de Brasília. Os lances para a Chevrolet Tracker, modelo 2016, com 92.733 quilômetros, começavam em R$ 70,3 mil, segundo o edital.

A Justiça determinou a venda do veículo para quitar parte do valor cobrado pelo PSB. A dívida atualizada era de R$ 185,4 mil.

O Estatuto do PSB prevê que os parlamentares devem repassar 10% do rendimento bruto ao partido. O partido alegou que a senadora não pagou R$ 3.376,30 por mês, entre março de 2019 e junho de 2021, o que levou a uma dívida de R$ 102,4 mil.

Em agosto de 2021, Leila deixou o PSB e ingressou no Cidadania. Em março de 2022, a senadora se filiou ao PDT. Atualmente, ela exerce a função de presidente do Diretório Regional do PDT no Distrito Federal.

Em nota, a senadora reforçou com não concorda com a medida e lamentou o ocorrido no Dia Internacional da Mulher. Leia a nota na íntegra: 

“Hoje, em respeito à decisão da Justiça, meu carro foi leiloado e arrematado a pedido do meu antigo partido, o PSB. É simbólico que o desfecho de uma cobrança injusta de parte de meu salário tenha ocorrido no Dia Internacional da Mulher.

Ficam evidentes os desafios que nós mulheres enfrentamos também na política, especialmente ao tomar decisões que confrontam lideranças masculinas e suas posições machistas. Reitero que minha decisão de deixar o PSB foi política, e não pessoal.

Embora respeite e obedeça a decisão judicial e o resultado do leilão, não posso concordar com uma conduta que vai contra as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, que já determinou que partidos podem exigir parte dos salários de filiados com mandatos, mas não podem punir quem recusa essa contribuição compulsória.

O lado positivo dessa situação é evidenciar que minha vida é bem diferente do imaginário de que os políticos circulam em carros de luxo pela cidade. O carro leiloado é comum, fabricado em 2015, e atendia perfeitamente às necessidades da minha família.

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