Fala do presidente sobre invasão de Israel na Faixa de Gaza gerou reações na oposição
Um grupo de 68 deputados federais bolsonaristas protocolaram uma denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI) acusando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de antissemitismo ao comparar os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, o massacre promovido pela Alemanha Nazista contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.
Sediado em Haia, nos Países Baixos, o TPI é responsável por julgar indivíduos por práticas como crimes contra a humanidade, genocídios e crimes de guerra, entre outras.
A peça, apresentada na sexta-feira (23) à Corte, afirma que Lula cometeu “crime contra a humanidade”, que consiste na perseguição de um grupo por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais e religiosos.
Para os deputados, a fala do presidente “não apenas distorcem a realidade histórica de forma deturpada, mas também promovem uma narrativa que pode incitar à hostilidade, ao ódio e à discriminação contra um povo e sua legítima defesa”.
Além de ter abalado as relações diplomáticas entre Brasil e Israel, com fortes críticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu e o perfil oficial do governo daquele país chegando a chamar Lula de “negacionista do holocausto”, a declaração do petista provocou diversas reações entre a oposição no Congresso.
