Modalidade, dedicada àqueles que não concluíram os estudos ou nunca puderam estudar, é oferecida em 100 escolas do DF e também a distância
Para algumas pessoas, a educação formal é como uma corrida com obstáculos, alguns tão difíceis de superar que acabam por tirá-las da pista. Mas sempre é tempo de voltar e alcançar a linha de chegada. E esse é exatamente o objetivo da Educação de Jovens e Adultos (EJA), cujas inscrições estarão abertas a partir desta terça-feira (25). A modalidade é dedicada àqueles que não concluíram os estudos ou que nunca tiveram a oportunidade de estudar.
Os interessados podem se inscrever até 7 de julho, por meio do site da Secretaria de Educação do DF ou pelo telefone 156, opção 2. No momento da inscrição, o candidato informa o endereço residencial ou do trabalho, para ser alocado na unidade de ensino mais próxima e também indica se prefere cursar a modalidade presencial ou a distância.
Atualmente, 100 escolas do DF oferecem a EJA. “A nossa oferta é descentralizada, para alcançar todas as regiões”, destaca Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação.
O atual período de inscrições, ela explica, é uma das duas janelas anuais usadas para fortalecer a oferta. Mas as matrículas na modalidade podem ser feitas a qualquer momento. Além disso, também podem ser atendidas as pessoas que não têm mais o histórico escolar: “Às vezes a pessoa está há muitos anos sem estudar e não tem mais documento escolar. Isso não é impedimento para a matrícula. Ela chega lá e a gente aplica um diagnóstico”.
A única restrição é mesmo a idade mínima. A EJA é dividida em três segmentos. Os dois primeiros correspondem ao ensino fundamental e só podem ser feitos por quem tem mais de 15 anos. Já o terceiro, equivalente ao ensino médio, é exclusivo para quem tem mais de 18 anos. Cumprindo este único critério, as portas estão abertas. “A gente consegue atender todo mundo”, reforça a diretora.
E esse “todo mundo” engloba muita gente: quase 30 mil estudantes estão matriculados na EJA atualmente. Uma delas é Elzenir da Silva Gonçalves, de 52 anos. Aluna do Centro Educacional 2 de Taguatinga, ela diz que a modalidade “trouxe um novo sentido” à vida.
“Como dona de casa, muitas vezes nos sentimos invisíveis e desvalorizadas. A possibilidade de estudar mostra que somos capazes de muito mais do que imaginamos. Esse programa é um testemunho de que, independentemente da idade ou das circunstâncias, sempre há tempo para crescer, evoluir e alcançar novos horizontes.”