Início do inverno intensifica combate a incêndios florestais no Distrito Federal

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Operação Verde Vivo 2024 reforça ações de prevenção e combate a incêndios florestais

Com o início do inverno no hemisfério sul nesta quinta-feira (20), o Distrito Federal se prepara para enfrentar temperaturas mais frias, clima seco e um aumento no risco de incêndios florestais. A Operação Verde Vivo (OPVV) 2024 entrou em uma nova fase, intensificando os trabalhos de prevenção e combate a incêndios. A nova etapa foi apresentada em uma solenidade na Praça do Buriti, em frente ao Palácio do Buriti.

“Esta operação já estava em andamento com foco na prevenção. Com a intensificação da seca e das queimadas, agora vamos atuar mais diretamente no combate aos incêndios florestais, buscando minimizar os danos à natureza”, explicou Sandro Gomes, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Durante os períodos mais críticos, os bombeiros chegam a atender 300 ocorrências diárias.

A Operação Verde Vivo, coordenada pelo CBMDF desde 1999, terá ações reforçadas para conscientizar, prevenir e combater queimadas florestais, protegendo o meio ambiente, os animais e a população. A operação conta com a participação de 500 bombeiros, 27 caminhonetes, 24 caminhões-tanques, 22 caminhões de transporte de tropa, dois aviões e dois helicópteros, além de parceiros institucionais. Foram convocados também 150 brigadistas do Instituto Brasília Ambiental.

“Desde março, iniciamos atividades de conscientização da população e aproximação dos órgãos de preservação ambiental. Agora, entramos no período mais crítico de estiagem e estamos com força máxima”, afirmou Daniel Saraiva, comandante do Grupamento de Proteção Ambiental do CBMDF. “A participação do cidadão é fundamental. Além disso, monitoramos via satélite e fazemos rondas aéreas nos horários críticos, às 10h e às 13h”, acrescentou.

A operação vai contar com 500 bombeiros, com o reforço de 150 brigadistas do Instituto Brasília Ambiental | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Para mobilizar 500 militares na operação, o Corpo de Bombeiros ofereceu um curso de formação especializada de oito semanas e requalificou bombeiros já especializados em incêndios florestais. A corporação também dispõe de novas ferramentas de combate e mais viaturas para transporte de água.

Emergência ambiental

“A Operação Verde Vivo é essencial para a prevenção e combate aos incêndios florestais no DF. Os Bombeiros são grandes parceiros do Ppcif”, destacou Gutemberg Gomes, secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema). “Com as emergências climáticas e os efeitos da La Niña, esperamos um tempo mais seco, o que aumenta o risco de incêndios”, completou.

“Essa operação já vem acontecendo, só que mais na parte preventiva. Agora que está aumentando a seca e serão intensificadas as queimadas, a gente vai ter que trabalhar de forma mais atuante no combate em si”, disse o comandante-geral do CBMDF, Sandro Gomes | Foto Renato Alves/Agência Brasília

A Sema realiza blitzes educativas e monitora locais de risco nas áreas rurais. O governador Ibaneis Rocha prorrogou o decreto de emergência ambiental no Distrito Federal, permitindo a preparação dos órgãos do Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif) para otimizar recursos humanos e materiais.

O grupo, liderado pela Sema, inclui o Jardim Botânico de Brasília, o Instituto Brasília Ambiental, a Defesa Civil, o CBMDF, a Polícia Militar, a Secretaria de Saúde, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, a Novacap, a Caesb, o SLU, a Seagri, a Emater-DF, o DER-DF, administrações regionais, Ibama, ICMBio, Inmet, UnB, Marinha, Aeronáutica e Exército.

Conscientização da população

Apesar do clima do Distrito Federal favorecer incêndios, a ação humana é responsável por 90% dos casos, causados por queimas de plantios, pastagens, lixo, atos de vandalismo, fogueiras e acidentes. A corporação orienta a população a evitar queimadas e a reportar focos de incêndio pelo número 193.

“Sabemos que o período de seca é crítico e os bombeiros atuam rapidamente para extinguir os incêndios, mas a preocupação é evitar que ocorram. Pedimos à imprensa e à população que evitem queimadas, especialmente em áreas rurais próximas a matas e parques. A responsabilidade também é nossa, como cidadãos”, enfatizou Alexandre Patury, secretário-executivo de Segurança Pública.

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