Hospital de Base inaugura equipamento de alta tecnologia para tratar cálculos renais

Aparelho permitirá tratamentos não invasivos, otimizando recursos e reduzindo filas no Distrito Federal

O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou nesta quinta-feira o equipamento de litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco), um importante avanço tecnológico para o tratamento de cálculos renais e ureterais. A nova tecnologia utiliza ondas de choque para fragmentar as pedras nos rins de forma não invasiva, eliminando a necessidade de intervenções cirúrgicas tradicionais.

Durante a cerimônia, estiveram presentes o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior; o deputado federal Fred Linhares; a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Bianca Souza Lima; e outras autoridades da área da saúde.

Impacto na saúde pública

Juracy Cavalcante destacou que, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30% da população brasileira sofre de cálculos renais. “Essa máquina evita a necessidade de internações e procedimentos invasivos, com eficácia de até 75% dependendo do caso, representando um ganho significativo para a saúde pública,” afirmou.

O superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio, ressaltou os benefícios que o equipamento trará à gestão hospitalar. “Vamos otimizar o uso do centro cirúrgico, reduzir o tempo de internação e atender mais pacientes, desafogando a fila de espera,” disse.

Apoio parlamentar e investimento

Inauguração do equipamento de Leco, adquirido com o apoio de emenda parlamentar no valor de R$ 3 milhões

A aquisição do Leco foi viabilizada por uma emenda parlamentar do deputado Fred Linhares, que destinou R$ 3 milhões ao projeto. O deputado celebrou o impacto positivo dao equipamento na região: “Com essa máquina, poderemos realizar oito procedimentos diários, reduzindo rapidamente a demanda reprimida.”

Funcionamento e benefícios

O equipamento é recomendado para cálculos de até 2 cm que causam dor, desconforto ou risco de complicações como infecções ou obstruções urinárias. De acordo com Manuel Fernandes, chefe do serviço de urologia do HBDF, o procedimento é realizado em ambiente hospitalar com sedação, dura de 30 a 60 minutos e utiliza ondas de choque direcionadas por ultrassom ou raios-X.

Os fragmentos dos cálculos são eliminados naturalmente pela urina. A tecnologia representa uma alternativa menos invasiva às cirurgias tradicionais e estará disponível ao público do SUS após uma fase inicial de testes. O início das operações está previsto para a primeira semana de dezembro, com a fila de pacientes organizada pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde do DF.

Avanço para o Distrito Federal e entorno

Bianca Souza Lima, subsecretária de Atenção Integral à Saúde, reforçou a importância do equipamento no contexto do SUS. “A implantação do Leco representa um grande benefício para os usuários, especialmente no esforço de reduzir filas e melhorar a qualidade do atendimento no DF,” concluiu.

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