Bartolomeu Chaves, o Passarin, competirá a partir desta terça (3), no atletismo; sua mãe, a prestadora de serviços Elinalda Martins, movimenta a torcida no trabalho
Mais um atleta brasiliense movimenta a torcida durante as Paralimpíadas 2024. Conhecido como Passarin, Bartolomeu da Silva Chaves está em Paris para competir e representar o Brasil, a partir desta terça (3), na modalidade de atletismo, classe T37, nos 400 e 200 metros. O atleta é filho de Elinalda Martins, que trabalha há mais de dez anos como prestadora de serviços de limpeza do Detran-DF e, muito querida na equipe, é conhecida como Paraguaia.
Nesta paralimpíada, Passarin almeja mais conquistas. Em maio deste ano, ele ganhou medalha de ouro na modalidade de 400 metros, da classe T37, no mundial de atletismo paralímpico, realizada em Kobe, no Japão.
Paraguaia diz sentir orgulho e felicidade em ver as conquistas do filho. Ela lembra que, quando Bartolomeu foi diagnosticado com paralisia cerebral e deficiência intelectual, a família achava que ele não conseguiria fazer muitas coisas, devido à sua dificuldade em se concentrar nos estudos. O menino, entretanto, começou a correr com o um tio que participava de competições em cidades do Maranhão.
“Não foi fácil, mas Deus é maravilhoso”, comemora ela. “Eu estou muito feliz como mãe. Não tem nem explicação o tamanho da emoção que a gente sente de ter um filho no nível que ele se encontra hoje e está nas Paralimpíadas.”
Quando se mudou para Brasília, Bartolomeu passou a treinar no Centro Olímpico de Ceilândia, mas foi em treinamento do Recanto das Emas que um professor percebeu o seu talento e o incentivou a participar de competições. Na Meeting de Atletismo, o jovem não tinha o calçado de corrida adequado à competição, foi autorizado a correr descalço e mesmo assim ficou em primeiro lugar. Após isso, ele recebeu um kit, com vestimentas e calçados para treinamento profissional. Posteriormente, ele foi convidado para fazer parte do Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo.
No Detran-DF, a torcida se aprimora por Passarin. Paraguaia, claro, faz coro: “Era um sonho dele, ele é um menino muito esforçado. Ele merece estar onde ele está hoje. O amor, a torcida e o orgulho por ele são muito grandes”.
*Com informações do Detran-DF