Serão três viagens semanais operadas por uma companhia de baixo custo. Nova rota amplia potencial turístico e de negócios da capital federal
Mais um destino internacional incluído na malha viária do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. O terminal terá viagens diretas para Santiago (Chile) a partir de junho deste ano. Esse é o sétimo destino internacional possibilitado pelo aeroporto, que já tem voos sem escala para Lima (Peru), Lisboa (Portugal), Cidade do Panamá (Panamá), Miami e Orlando (Estados Unidos) e Buenos Aires (Argentina). Além disso, há voos diretos para todas as 26 capitais brasileiras e mais 12 cidades no país.
Serão três voos semanais – às quartas e sextas e aos domingos – operados pela companhia chilena de baixo custo (low cost) Sky Airline a partir de 16 de junho. O voo de ida para o país terá duração de cerca de quatro horas e decolará às 18h40. Já o retorno tem duração prevista de aproximadamente cinco horas e partirá do Aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, às 13h40, com chegada às 17h45. As passagens já estão à venda no site da companhia.
Conforme informações do Aeroporto de Brasília, a companhia utilizará um avião modelo Airbus A320neo, com capacidade para 186 passageiros. A previsão é que os voos diretos ocorram durante a alta temporada de inverno no Chile, de junho a setembro de 2024. A ideia é testar a ocupação das viagens para, dependendo dos resultados, ampliar ou reduzir as viagens em 2025.
O gerente de Negócios Aéreos da Inframerica, empresa que administra o terminal brasiliense, Daniel Dumaresq, reforça o esforço conjunto em aumentar a competitividade do aeroporto. Ele afirma que a promoção do voo permite ao brasiliense chegar a outras regiões do Chile de forma facilitada, assim como proporciona que o turista chileno possa conhecer outras regiões do país, principalmente o Centro-Oeste.
“Brasília está caminhando para ser um grande ponto de conexões na América do Sul”Daniel Dumaresq, gerente de Negócios Aéreos da Inframerica
“Em termos quantitativos, Brasília segue em terceiro lugar em relação aos voos internacionais que cada terminal oferece. Estamos atrás de Guarulhos e do Galeão, que lidam com outras realidades, já que São Paulo e Rio de Janeiro são cidades maiores e com pujanças econômicas superiores. Ainda assim, Brasília está caminhando para ser um grande ponto de conexões na América do Sul”, avalia Dumaresq. O próximo passo é conectar Brasília com Assunção, capital do Paraguai, cuja rota foi interrompida na pandemia de covid-19.
“É uma determinação do governador Ibaneis Rocha trabalharmos a captação de novos voos para o Distrito Federal, principalmente internacionais. Entramos nessas ações com a missão de promover Brasília nesses novos destinos. No Chile, vamos promover a nossa capital com roadshows e diversos eventos voltados ao turismo”, explica o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.
Conexões estratégicas
A ampliação do portfólio ocorre graças aos esforços do Governo do Distrito Federal (GDF). Em dezembro de 2023, o piso de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o querosene usado na aviação (QAV) passou para 4%. Anteriormente, o percentual já havia sido reduzido de 12% para 7%.
Construído em 1957, o Aeroporto de Brasília representa o potencial brasiliense de conectar o Brasil e o mundo. O terminal é o único na América do Sul que conta com pousos simultâneos e o único no país que faz ligação para todas as capitais brasileiras. Além disso, tem a maior capacidade de pista do país e é o terceiro maior aeroporto brasileiro, podendo comportar até 70 aeronaves no estacionamento do pátio.
Em novembro do ano passado, outro atrativo foi alcançado pelo terminal. Brasília se tornou ponto de parada sem custo adicional das companhias aéreas Gol e Latam, o chamado stopover. A medida permite que os clientes que fizerem viagens nacionais ou internacionais com conexão na capital federal possam optar por desembarcar gratuitamente, por até três dias, para conhecer melhor o Quadradinho e, depois, seguir viagem para o destino final. Até então, o serviço estava disponível apenas em São Paulo.