Governo Lula vê a CPI com receio, já que a Petrobras tem 47% das ações da Braskem
Em meio a esforço concentrado para correr com pautas de fim de ano, o Senado adiou a instalação da CPI da Braskem para esta quarta-feira (13). Inicialmente, a instalação estava marcada para esta terça (12).
Governo Lula vê a CPI com receio, já que a Petrobras tem 47% das ações da Braskem.
O colegiado já tem quase todos os 11 titulares e sete suplentes definidos. Falta o PDT escolher um senador. A Comissão Parlamentar de Inquérito que busca investigar a empresa petroquímica ganhou força há pouco mais de uma semana, com o alerta sobre o iminente colapso de uma das 35 minas de sal-gema que explora em Maceió (AL), o que acabou se confirmando na tarde do último domingo (10).
Os três senadores de Alagoas estão na CPI: Renan Calheiros (MDB), Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB). Mais cedo, o senador Otto Alencar afirmou que a instalação dependeria do que fosse discutido em reunião no Planalto. Por ser o senador mais velho da CPI, cabe a ele instalar e comandar a primeira reunião antes da oficialização do presidente do colegiado.
Lula reúne políticos de Alagoas no Planalto
A preocupação do governo Lula é tanta que o próprio presidente chamou para uma reunião, na manhã desta terça-feira, no Palácio do Planalto, ministros do governo federal e vários políticos de Alagoas. Entre eles, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o governador Paulo Dantas, e os três senadores do estado e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Lira e Calheiros são inimigos políticos. Eles têm buscado protagonismo na busca por soluções para os atingidos pelas minas da Braskem e trocado acusações sobre a culpa pelo acidente em Alagoas, que é anunciado há anos, inclusive com amplo conhecimento de ambos e de todos os políticos do estado. Muitos receberam dinheiro da Braskem para suas campanhas políticas.