Governador se pronunciou após o assassinato de Gritzbach em Guarulhos, apontando falhas na segurança pública federal
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), manifestou duras críticas ao governo federal após o assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O crime ocorreu na sexta-feira (8).
Em postagem nas redes sociais, Caiado destacou que o crime aconteceu em uma área sob jurisdição federal e sugeriu que o homicídio pode estar relacionado a uma delação sobre lavagem de dinheiro no tráfico de drogas.
“O atentado foi cometido em Guarulhos, uma área sob controle federal, e pode ser consequência de uma delação sobre o tráfico”, afirmou o governador.
Além disso, Caiado criticou a postura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante da crescente violência no país, argumentando que o caso deveria ser uma “oportunidade para o governo Lula dar uma resposta mais firme às facções criminosas”.
“Ação direta”
No que diz respeito à atuação da segurança nacional, o governador foi enfático ao rejeitar a PEC apresentada pelo Governo que intervém diretamente na segurança pública dos Estados.
“Não é preciso de PEC nem de amarrar as polícias estaduais para combater o crime”, disse Caiado, sugerindo que a solução passa por uma ação mais direta e eficaz das autoridades.
Em um cenário político mais amplo, Caiado também se posiciona como pré-candidato à presidência em 2026. Líderes do União Brasil, incluindo o presidente do partido, Antônio Rueda, destacaram as qualidades do governador para a disputa.
Caso em Guarulhos
O assassinato de Gritzbach, empresário e delator em um processo contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), ocorreu no terminal 2 de Guarulhos, após o executivo prometer revelar detalhes cruciais sobre o esquema criminoso.
O empresário estava colaborando com as investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que o considerava uma peça-chave para desmantelar a rede de lavagem de dinheiro da facção. Durante o ataque, outros três civis, sem envolvimento com a delação, também ficaram feridos.