Uma forte erupção solar liberou uma ejeção de massa coronal em direção à Terra, formando a tempestade geomagnética mais forte registrada desde 2017
A tempestade geomagnética mais forte dos últimos anos acaba de ocorrer. O fenômeno foi causado por uma erupção solar de classe X1 (intensidade alta), que liberou uma grande ejeção de massa coronal e causou perturbações no campo magnético terrestre. O ocorrido também nos lembra que o Sol pode ter chegado ao máximo solar, a etapa de maior atividade em seu ciclo.
O Centro de Previsão do Clima Espacial do NOAA emitiu um alerta da tempestade geomagnética no sábado (23). No comunicado, a instituição declarou que a ejeção de massa coronal (CME) foi detectada, e que deveria atingir nosso planeta ainda naquele dia; seus impactos seriam sentidos entre os dias 24 e 25.
A CME veio de uma erupção solar dupla de classe X, categoria que inclui as explosões mais fortes que nosso astro é capaz de produzir. Se as partículas da CME atingirem a Terra diretamente, elas poderiam causar na segunda (25) uma tempestade geomagnética de classe G3, considerada forte.
Foi o que aconteceu: conforme previsto, a CME atingiu a Terra no domingo (24) e afetou o campo magnético do nosso planeta. Com o ocorrido, foi registrada uma tempestade geomagnética de classe G4, a mais forte desde setembro de 2017.
A chegada das partículas energéticas do Sol na atmosfera terrestre rendeu auroras boreais mais ao sul, visíveis na Nova Zelândia, Austrália e outras regiões — mas decepcionou observadores nos Estados Unidos e Europa, que esperavam ver as luzes coloridas por lá.
O que é tempestade geomagnética?
As tempestades geomagnéticas são perturbações na magnetosfera da Terra e são resultado da atividade do Sol. Quando ocorrem eventos como ejeções de massa coronal, as partículas eletricamente carregadas do nosso astro perturbam a parte externa do campo magnético terrestre, formando oscilações.